segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Concreto, asfalto e flores

Vejo rosas,
e outras flores
que impedem 
a visão do asfalto.
O perfume espalhado
pelo vento é
nada perto da
da fumaça negra
que sai de dentro
das almas dos
automóveis
que circulam
na rua.

Preocupo-me
apenas em
regar as flores
com cuvas de insetos;
há uma seca vindo,
em que não
estarei disponível
para flores sem métrica
e nem simetria.
já que elas
não medem a
extensão do
concreto,
minha calçada.

não mais
regarei flores artificiais
nem beijarei
minha rua apenas,
sairei pelo portão
que dá pra calçada
e deixarei aberto.
entrarei num
túnel qualquer
e sumirei
ao dobrar
a primeira esquina
à minha direita


"Colher as flores que nascerem no asfalto" ENGHAW

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