Agora resta um acorde
Uma última lágrima escorre
Como natureza morta,
Dar bom dia a quem
Vai morrer de tarde.
Bater na porta de quem
Não mora lá mais.
De que vale perguntar
Pelo caminho,
se todo lugar é comum?
Se ao menos rosas fossem,
As tais palavras de ordem
Trariam em sua correnteza
Sonhos que caem do céu?
Suor mancha a roupa
Sangue mancha a calçada
Uma voz meio pouca
Insiste em desafinar
Um choro descontente
Uma contracorrente
Para o meio do mar.
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