Inevitável
Seriam amenidades
Nesta hora sacra
Quando o tempo
Pede silêncio.
Onde o que faz
Barulho insiste
Em dormir,
Enquanto domina
A voragem por teu olhar
Cintilante de primavera
Ensolarada.
Então o tempo
Não vale.
Não houvessem
Tantos meios de
Inevitar a comunicação
Nos falaríamos e,
Nos calaríamos
Aqui, lá.
Em toda parte,
Metade.
Também o silêncio
Não vale.
Nas estradas de sonho
Durante a ditadura
Da inconsciência
Sem direção
Sem dimensão
Imagens mortas.
Fusão. Realidades tortas.
Ainda distantes
De verdade.
Assim então
Nem o sonho vale.
Recomenda-se
Certas distâncias,
Mesmo que secretas
Da janela de ver o mundo
O céu no turno das estrelas
E se o coração bate distante,
E encontra por acaso
Um atalho que seja.
A distância
Passa a não valer.
E assim como
No caso da distância,
A memória,
O porvir,
O presente,
Fórmulas mágicas
Nada valem.
O que vale,
Acima de tudo:
Saber de astros.
Se cruzam,
Se encurvam,
Se escrevem
Apesar de tudo.
O que vale
É este chamado
Às nossas almas
Para a nova
Ordem de viver
Sem direito de
Querer pensar.
Só viver
Vir eu
Virar você.
A velha,
A nova idade.
Vaidade
Sem sobras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário