sábado, 30 de novembro de 2013

Consolo de sábado de manhã (Se Drummond ainda estivesse vivo)

Vamos, não chores.
A infância está offline.
Em um ambiente sério. Simples.
Você também está sem internet há um mês.
Sente-se com um livro sobre a mesa,
filmes, novelas, padres e Friends (sério?)
repetindo, de novo, na TV.
Um disco de samba arranhado
tinha o seu nome.

Ainda é tempo. Desperta!
Vamos beber e ir para o mar...





Fonte: Google, quase sempre...

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Indestinos

Bela voz essa a do destino.
Beleza não compreender,
que ele já havia chamado por mim
a gente não vê porque é isso mesmo
Procuro explicar o mundo
a todas as grandes massas que não percebem as coisas tão simples,
e as transformam num sentimento de exorcismo, arte e fogo.

Pense em alguém que tenha votado errado pela cidade.
Num dia assim, debilitado,
(um cadáver, coitado, em fevereiro)

É outra coisa.
é porque não sei
onde estão os versos esquecidos.

verdade:
- não perco, procuro -

Alguns estão com frio,
outros:
são cenas dos próximos capítulos
da substituição da narrativa pela informação nas religiões,
e nas coisas que não sei compreender...

Eu saí da próxima batalha
com 50 tons de medo.

A esperança é um projeto esquecido...






Fonte: Google






sábado, 23 de novembro de 2013

gravação

Pus uma roupa nova
Sou gravado de amor
De amor que nunca experimentei
não faço milagres.

Acredito em tanta coisa normal 
que se oferece como signo 
dos objetos estáticos, tarifados.

Eu sempre estou em bares 
festas, praias, pérgulas, piscinas. 
Bem,
Se eu tivesse roupas finas,
câmeras digitais, relógios sem ponteiros,
sapatos de 45 dólares.


E já que eu sou gravado de forma inocente 
corro de chinelo os próximos 3 quarteirões 
Diferente das estrelas...

Mas fui gravado de forma universal,
Saio da glória precária de acreditar 
ainda mais sem me ver, 
Nem ver os outros...


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

►►FF►►

Sinfonia de marretas talhadeiras
E outras que eu chamaria de amor.
Um gato comeu, 
E a chuva carregou,
Cadê meu amor?

Não há mais espaço para 
a grande amiga das horas.
A solidão é Coisa.
Mas não adianta fechar seus vidros elétricos 
E viajar escondido nos arquivos dos astros.

Vivo da alternância de poder ser
discriminado hoje. 
Eu sou a mesma frase desde 2001

O meu controle dos sonhos
não é a alma...





Estação abandonada de Lavras - Foto: Eduardo Guimarães

terça-feira, 12 de novembro de 2013

RG - XXI

Vejo te como mil
olhos em câmeras
de segurança.

Importuna o fato
de saber que
qualquer sopro
pode ser interrompido?

Então seus mil olhos
revelariam múltiplas
crises de identidade.

Li os livros, pichei os muros.
Tomei taças amargas,
vomitei certas palavras
que não gosto de dizer.

E mais esse vácuo de idéias.
Essa pobreza que
começa a corromper.

Só os gritos, sinos, gritos:
ritmos constantes de uma
personalidade em ruínas.






Blind and Lost - Google