O oceano acena de longe.
Eu, meio quadro, meio busto
Faço gestos de papel
Origamis em folhas de flandres
Formas de nuvens feitas
Para céus de brigadeiro.
Encostado na ressaca das costas
Está feito o drama: termine agora!
Sentado no movimento
Das praças
O sol
Sorri distante
Parecendo sem graça.
O poema é derramado da ponte,
Protesta timidamente.
Nada mais belo:
Parou no meio da rua
Acabou atropelado
Pela viatura...