segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Véspera de Natal...


Enquanto calmamente
Dentro de casa a luta
Era contra a maldita
Rolha do vinho de 1,99
Lá fora uma orquestra
De buzinas e sirenes preenchia
O ar cada vez mais rarefeito
Daquela cidadezinha
Que corria sempre
Às liquidaçoes de ultima hora,
O natal batendo às portas,
Presentes embrulhados, e
O bom velhinho na calçada
Sobressaia  à sinfonia 
Com sua gaitinha
Surrada apenas pra quem
Ousasse sentir-lhe o odor
Das roupas surradas pela vida
Por uns trocados, afinal,
“sou filho também”
Diz entre uma nota e outra.
Lá dentro do abrigo suburbano
A história era outra,
Compartilha-se apenas
Um sentimento de não sei
Enlatado na garganta,
E nem a maior das doses ajudaria
A descer, quadrangular que fosse
A felicidade de viver preso
Apenas assistindo pelo LCD
A dança dos carros pela rua...





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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Penalidade mínima

perdera o penal... 
sua vida ali,
cara a cara e o peso da mão 
em suas costas...
Nem mesmo o craque que
era, fruto de uma sociedade
socialmente vulnerável,
sabia que o momento era aquele
e que seria mais uma vez exposto
ao ridículo de um rodapé.
Já nada mais resta...
Talvez curtir o momento de outra
maneira ainda lhe fosse possível,
e, passar a vida compartilhando-se
não fosse tão ruim,
ainda mais quando só resta a certeza absoluta de uma dúvida...








terça-feira, 18 de setembro de 2012

#zerotres


Vejo o sol se por quadrado,
A inércia não me deixa sair
Olho só de lado quadro
De repente ficou fácil
Mergulho na tela de led
Me afogo em palavras alheias
Toneladas de bits inúteis
Que me invadem rede a rede
40 polegadas de pura tolice
Trinta anos passados
#praquê







Ed! AGS - Lavras-MG

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Debaixo do viaduto tinha um mundo...

                                                         Ed! AGS - BHz
                                                 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

#zerodois


É como se ele não tivesse nada
E quisesse provar de tudo
Com essa moda zumbi
#Perdeu tudo
Dominado pela “machina”
E chega ao fim
Afinal a vida é nuvem
Ele quer achar algo no fim
Que faça sentido viver ou morrer
#homemcego,
Caminha levando nada nas mãos.
Tudo ficou para trás
Deglutido pelo robô-zumbi
Amor, ódio, tristeza, solidão.
Seu dinheiro, seu tempo, seu empreguinho.
Sua estúpida mente
Alegria principalmente
Nem mais bebidas de sábado
Afinal de atos, a vida passa,
#Sentiu???