segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

ficarei aqui

Eu escolhi escolher um lado da rua.
A minha cruz Senhor, nossas mãos.
É impossível alguém trabalhar sem ter
o direito de infringir a atenção.
Porque quem ama, nunca experimentei.
Mas tive sorte por
ser um livro sobre meus dias de vida 
passados numa TV qualquer em
que descobri:

"Bem-aventurados os que se vão,
porque ficarei aqui"

Espero frutos?
Não necessariamente,
Signos, talvez, dos bens porque me comparo.
Tiro a glória da minha mão trêmula.

Chamem o SAMU!!!!
Chamem de mandamentos acima
Chamem os poetas que deixaram a ideia de sofrer.

E como é duro andar na rua:
Vi uma senhora precisando
ser pensante e sentinte a cada momento.
Síndrome de viver. Mas por cima.
Só pra impressionar a outros que sequer gostamos.
Talvez só pra dizer também.

Se for, você pode escrever um livro:
rios, cemitérios, pontes e hospitais.

Já não chamo de viagem para Nárnia
Eu chamaria de ficar, morrendo,
E hoje foi sem pena.

Pra quem quiser, tenho memória sim...
Vocês podem ver...



Estação Lagoinha - BH - Foto: Eduardo Guimarães


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